Na manha desta terça-feira, 30 de março de 2010, Genilson, pai da pequena Maria Eduarda, morta há dois meses vitima de bala perdida, reuniu alguns familiares,amigos e populares fez um protesto reivindicando justiça para o caso de sua filha, pois segundo ele até o momento nada foi resolvido. O protesto foi realizado às 10:30hs da manhã desta terça-feira percorreu as principais ruas da cidade parando em frente à delegacia e a multidão levando cartazes, carro de som e gritou por justiça, e da mesma forma fizeram em frente ao fórum e à promotoria. Todo o povo que se encontrava no movimento, com cartazes pedindo justiça, pedindo basta à impunidade. E o pai de Maria Eduarda, ainda abalado pela perca de sua filha de apenas 5 anos de idade, não pôde nos dar entrevista, pois o mesmo ainda se encontrava muito emocionado.
Junto a este protesto, também vieram famílias de outras vítimas de assassinato, como familiares de Eraldo Mendes, morto há quase um ano por facadas. Conversamos com mãe de Eraldo Mendes, dona Josefa, e ela nos falou que não iria participa do movimento, pois se encontra doente, e a mesma também ainda se encontra muito abalada com a morte do filho e até o momento nenhuma solução para este caso de Eraldo Mendes também.
Junto ao movimento também se encontrava o Sr. Geraldo, avô da menor de 14 anos que foi espancada quase até a morte sendo foi encontrada depois de cinco dias de desaparecida muito ferida, Familiares de vítimas de assassinato no município de Aroeiras, também aderiram ao movimento.
E segundo os que participaram, no dia 13/04, data que completara um ano do assassinato de Eraldo Mendes, iram fazer outro protesto, desta vez, cobrando mais agilidade para o caso, e a mãe de Eraldo Mendes desabafou: ate agora não resolveram nada, e quem perdeu a vida foi meu filho e o culpados pela morte dele estão curtindo a vida como se nada tivesse acontecido, isso dói muito no coração de uma mãe.
Estivemos com a delegada, Dr. Ivanize Fonseca, e perguntamos a ela: Dr. Ivanize, hoje houve um movimento para um apelo de justiça sobre vários crimes que foram cometidos na cidade. A população comenta que a delegacia não investiga, mas quais as reais condições da delegacia, em termo de investigação, sobre esses crimes acontecidos na cidade?
O problema das investigações aqui da cidade de Aroeiras, é que aqui impera a lei do silêncio. A partir do momento que a sociedade não tem comprometimento com a segurança dela própria a polícia fica de mãos atadas, e quando as pessoas chegam na delegacia não sabem de nada, não ouviram dizer nada a gente não pode indicar um suspeito, porque nós não temos bola de cristal. Nós precisamos de pessoas que tenham comprometimento com a sua própria segurança e comece a nos dar informação, para que nós possamos, com base nessas informações, providenciar uma investigação.
Essas informações podem ser dadas diretamente na delegacia e prestar queixa, mas pode também ligar para a delegacia sem se identificar e passar informações para investigações?
As pessoas podem passar as informações sem se identificar, isso também é uma forma de ajudar no nosso trabalho, mas é essencial que as pessoas tenham coragem de vir aqui e se identificarem, porque nós temos que apresentar provas ao Ministério Público, para que ele possa denunciar. Uma informação anônima nós não podemos apresentar como prova, mas pode ser um ponta-pé inicial para que através de uma informação, nós tenhamos, colhamos outros tipos provas relacionadas com aquela informação anterior.
Dr., sobre os casos de arrombamentos, assaltos, pessoas encapuzadas cometendo crimes por aí, dando tiro, arrombando casas, assaltando pessoas pelos sítios, e até mesmo dentro da cidade. Queria que a senhora falasse algo a respeito desses.
Quanto a essa questão de arrombamentos e assaltos, as vítimas têm que vir aqui na delegacia e registrar um B.O.(Boletim de Ocorrência). Enquanto a vítima não vier à delegacia esse caso não existe. Então, só ficar comentando nas calçadas não adianta, tem que vir pedir apoio policial, pedir providências policiais, só assim é que a gente vai começar a fazer uma investigação. Se a própria vítima não se der ao trabalho de vir aqui para fazer isso, isso não vai dar estatística, isso não vai entrar no trabalho da delegacia, não existe. Agora, o trabalho que a gente tem aqui diurno, é tão grande que a gente não tem tempo de ficar investigando uma coisa que a gente só ouviu dizer, se a própria vítima não se der ao trabalho de vir aqui. Eu soube que tem meliantes que dizem assim com as vítimas: Se preocupe não dona fulana, que eu não vou mexer com a senhora. Então quer dizer que são pessoas conhecidas, mas as pessoas têm que ter coragem de vir aqui, explicar o fato e denunciar os suspeitos.
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