Aroeiras se destaque em programa de TV com Diretor de Cultura Dude das Aroeiras

Aroeiras se destaque em programa de TV com Diretor de Cultura Dude das Aroeiras

O programa Diversidade, da TV Itararé, vem fazendo uma seqüência de programas exibidos na TV. Desta vez foi uma matéria sobre a cidade de Aroeiras e, em destaque o Professor e diretor de Cultura, Dudé das Aroeiras, conta um pouco sobre a cidade.

Procuramos Dudé das Aroeiras para que o mesmo nos falasse sobre os livros já lançados, que falam da história de Aroeiras e vários personagens ainda hoje na memória de muitos. E o Dudé Falou:

É um prazer me dirigir novamente aos internautas e visitantes desse site. Rômulo, já estamos com o terceiro livro. O primeiro foi em 2001, um livreto com o nome “Marcas da Saudade”, onde tem alguns poemas meus. Posteriormente lançamos o livro “Pedras e Riachos”, fazendo uma alusão maior sobre a história do nosso município, que foi a partir de 1815 com a chegada de Laurentino de Moura Varejão. E agora estamos com o terceiro livro que é “Desejos e Lembranças de um Poeta”, um livro muito interessante, onde mais uma vez fazemos um registro em respeito à nossa cultura, à nossa história e às nossas origens. Tem um trabalho onde digo que devemos conhecer o mundo, mas nunca esquecer nossas raízes, o quintal da nossa casa.

Estivemos fazendo um trabalho com a TV Itararé sobre o meu CD que foi lançado, que é o CD Raízes, que foi gravado ao vivo lá no restaurante Picanha 200. E nessa passagem da TV itararé aqui em Aroeiras foi extensiva com o programa “Rota Aroeiras” que, além de mostrar o meu trabalho de músico. Nós fizemos algumas entrevistas falando e mostrando o nosso município, a nossa história, onde estiveram presentes o nosso amigo e um dos primeiros alfaiates, que é o Daniel Simplício, com minha tia Coraci e com outras pessoas da cidade. Fizemos uma mostrarem da nossa feira, a nossa biblioteca também, porque temos um acervo fotográfico muito interessante. E isso é motivo de muita honra pra mim por ser filho dessa terra, e poder, graças a Deus, estar divulgando esse trabalho maravilhoso, essa história maravilhosa, que faz parte da história de todos os aroeirenses, porque nós somos a própria terra, que é a nossa querida Aroeiras.

Para se saber da história de Aroeiras temos a biblioteca, mas pra mim, eu sempre falei, procurem Dudé. Sobre esses acervos que tem na biblioteca são da história mais recente do município?

Rômulo, nós temos na biblioteca aproximadamente uns 250 quadros que são imagens a partir, como falei anteriormente, de 1815, onde mostram a primeira vaquejada em Aroeiras, primeira festa de argolinha, primeiro baile carnavalesco, que foi no mercado público em 1955, bem próximo do falecimento do nosso primeiro prefeito nomeado, que foi o João Evangelista. Temos imagens da construção da pracinha, feita pelo desembargador Solto Maior. São fotos que preservam a nossa história e nossa cultura.

E faço um convite a todos que estarão lendo essa matéria por esse mundo a fora através desse site, que quando vierem a Aroeiras sejam bem-vindos e se dirijam à Biblioteca Pública. Paulo Rezende de Melo, você vai compactuar com nossa historia em fotos, e são poucas cidades que têm uma biblioteca com esse tesouro em imagens que contam a história. Não temos um acervo que fala sobre São João Del Rei do estado de Minas Gerais, e isso é uma mostrarem para os nossos netos, bisnetos, para essa futura juventude, que infelizmente está perdendo esse conceito de preservação cultural.

Dudé, agradeço pela entrevista, e para terminar gostaria que você declarasse um dos versos de sua autoria.

Eu é que agradeço a você Rômulo, esse espaço que você nos concede, somos gratos pelo seu trabalho magnífico que você faz à nossa terra. Eu tenho um verso que diz: Nunca devemos esquecer das nossas raízes, da nossa história, do nosso passado. Isso é muito importante, é um verso do próprio CD que gravei, onde tem uma música chamada “Eu Sou Você”, que diz:

Vou jogar petelecos na pracinha

Espalhar pelo chão bolas de gudes

Vou na Serra buscar caju e pinha

E na volta eu tomo um banho de açude

 

Vou pro Alto espiar Maria Grude

Com um “litro” equilibrando na cabeça

Na bodega eu compro um quilo de espoleta

Pra espalhar sobre o verde mata-pasto

Ver as águas cristalinas do riacho

Com piabas fazendo piruetas

 

Escutar Zé da Gaita com a corneta

Buzinando na rua onde eu nasci

Passear e rever Zé da Maleta

Pra de novo correr, mas ser feliz

 

Ver o terno dos Batistas na matriz

Virifitar a infância e a mocidade

Dar um vôo pelas asas da saudade

Presente de Deus um talismã

Registra e deixa pra eternidade

O passado, o presente e o amanhã.

 

É isso que temos que fazer, registrar para o futuro o nosso passado, e cada vez mais possamos alicerçar esse tesouro na vida de cada aroeirense.

Veja vídeo: Rota - Aroeiras