quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Paraíba tem 5.080 casos confirmados de dengue, diz Secretaria de Saúde



Casos duplicados foram retirados do banco de dados.
Dos confirmados, 43 são da Febre Hemorrágica da Dengue.

De janeiro até o dia 21 deste mês, a Paraíba já registrou 5.080 casos confirmados de dengue, de acordo com dados do boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta segunda-feira (24). Apesar no número alto, a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, explicou que houve uma qualificação do banco de dados, fazendo com que a quantidade diminuisse. Os casos confirmados de Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), por exemplo, diminuiram, desde o último dia 6, de 46 para 43.
 “Os dados foram avaliados e qualificados pelo Estado. Em algumas fichas passadas pelos municípios, a mesma pessoa é notificada duas vezes. Nós solicitamos que os municípios retirassem os nomes duplicados”, explicou Talita. Ainda de acordo com a gerente executiva, o último boletim confirmou 4.933 casos de dengue clássica (o anterior registrou 4.827), e 104 com complicação (contra 111 do boletim do dia 6).

Ainda estão em investigação 5.982 casos e 2.176 foram descartados. Neste ano, sete mortes por dengue foram confirmadas, sendo um em Itabaiana, um em Patos, quatro em João Pessoa e um em Bayeux. Outros quatro óbitos estão sendo investigados – três em João Pessoa e um no Conde – e 13 foram descartados para dengue.

Talita Tavares aproveitou a divulgação do boletim para alertar que a dengue é uma doença dinâmica que pode evoluir rapidamente de uma forma para outra e apela para notificação dos casos graves em até 24 horas. “Num quadro de dengue clássica, em dois ou três dias podem surgir sangramentos e sinais de alerta sugestivos de maior gravidade. Daí surge à necessidade da notificação dos casos graves em até 24 horas”, disse. A sinalização destas situações deve ocorrer ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), pelo telefone (83) 8828-2522 (plantão 24 horas).

Ela ainda enfatizou que tem sido observado um padrão sazonal de incidência da dengue coincidente com a proximidade do verão, devido à ocorrência esporádica de chuvas e aumento da temperatura nessa estação. “Isso é mais comum nos núcleos urbanos, onde é maior a quantidade de criadouros naturais ou resultantes da ação do ser humano. Entretanto, a doença pode ocorrer em qualquer localidade desde que exista população humana susceptível, presença do vetor e o vírus seja introduzido”, alerta.

Algumas mortes

A primeira morte por dengue hemorrágica registrada neste ano na Paraíba foi de uma idosa de 64 anos de Itabaiana, no Agreste paraibano, em março. O caso só foi divulgado em abril deste ano. A Secretaria de Saúde do município confirmou que pelos resultados dos exames e do atestado de óbito a mulher foi vítima da dengue tipo 4.
Em abril, uma menina de 7 anos morreu em Patos, a 307km de João Pessoa. Ela deu entrada no Hospital Infantil de Patos no dia 14 de abril e foi internada na área de urgência e emergência da unidade. Segundo o diretor técnico da instituição, Almir Soares Cavalcante, a menina apresentava os sintomas de dor abdominal, vômito, falta de ar e desconforto respiratório. O quadro se agravou na manhã dia 15 de abril, quando ela passou a ter taquicardia e foi encaminhada à UTI Infantil. A menina morreu às 4h do dia 16 de abril. Em João Pessoa foram registrados quatro casos. Sendo um deles o de uma idosa de 97 anos e um outro de um jovem de 19 anos.

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